Filme da Disney feito no Brasil estreia nesta sexta-feira (5).
Mais atrevida, versão nacional tem participação de Wanessa.
No lugar do basquete, o futebol. Em vez do sotaque californiano, o acento carioca.
As diferenças entre “High school musical – o desafio”, que estreia no país nesta sexta-feira (5), e a sua contraparte original norte-americana são pontuais. Mas, para César Rodrigues (de "Um menino muito maluquinho"), o primeiro longa coproduzido pela Disney no país tenta fugir um poucos das questões territoriais.
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"Não quis construir uma escola tipicamente brasileira. Preferi manter essa fantasia. Era assim comigo quando eu via aqueles filmes da ‘Sessão da tarde’, ficava fantasiando sobre outro mundo”, justifica. “O Brasil vai estar nesse filme através dos atores. Quando eles gingam na música, driblam no jogo de futebol, eles estão sendo tipicamente brasileiros, porque é esse o nosso pais”.
Com o elenco selecionado através de um concurso televisivo e participação especial da cantora Wanessa, o filme é um musical padrão - repleto de figurantes nas coreografias que mais confundem do que ajudam o espectador menos acostumado quando um diálogo vai se transformando em música.
O roteiro também é simples. Olavo (Olavo Cavalheiro – os personagens têm os mesmos nomes dos atores) e Renata (Renata Ferreira) se encontram na volta das férias e começam a gostar um do outro. Entre os projetos extracurriculares da escola, ambos se interessam pelo concurso de canto, que fica lotado de concorrentes após a visita da ex-aluna e cantora de sucesso Wanessa, que será uma das juradas da competição.
Entre muitos desencontros do casal principal, Olavo consegue convencer o time de futebol a se inscrever com ele no concurso, enquanto Renata recruta o talentoso Felipe (Fellipe Guadanucci) par ao seu time. Mas todos têm que lutar contra as armações da mimada Paula (Paula Barbosa), irmã mais nova de Felipe e líder do grupo Paula e as Invisíveis, que faz de tudo para que o grupo de seu irmão não concorra à final.
O abrasileiramento do filme se dá um pouco nas músicas, cantadas em português, e também na troca do esporte praticado por Olavo: o futebol de salão. Se engana quem acha que a mudança facilitou o trabalho. “Olha, eu até brincava de jogar futebol, mas para fazer as coreografias a gente teve que treinar bastante. No final, eu que não fazia nem duas embaixadinhas estava passando das 40 no set”, lembra Olavo.
Wanessa
Outro momento exclusivo do “High school” nacional é a presença de uma cantora famosa no elenco, Wanessa. A filha de Zezé di Camargo abandonou recentemente o sobrenome e anda buscando uma carreira mais adulta, voltado para o público fã de R&B, mas diz ter adorado fazer um filme infanto-juvenil. “É quase um sonho realizado. Eu sempre adorei musicais, fiz teatro e dança quando era adolescente. Escolhi a música por paixão, mas fazer um musical no cinema foi incrível”, conta.
Atrevido
O “High school” brasileiro também é mais atrevido. A cena do beijo do casal de protagonistas que rendeu polêmica e curiosidade entre os fãs em “High school musical 2” acontece no final da versão nacional. “O público espera esse beijo, e como não sabemos se vamos ter uma sequência, achei mais honesto deixar ele já no nosso primeiro filme. Sem contar que aqui nós não temos problemas com isso. É um beijo só, os adolescentes se beijam todo dia”, explica Rodrigues.
Apesar de se precaver sobre a falta de um segundo filme, Rodrigues acha que o potencial do mercado e da indústria local é grande, e que a Disney pode seguir investindo em longas nacionais. “Esse é só o primeiro filme que a Disney faz no Brasil e ficou no mesmo nível dos internacionais. O objetivo agora é o contrário, fazer um filme brasileiro para a Disney lançar no resto do mundo”.
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